The Godfather

The Godfather ★★★★★

"Michael Francis Rizzi, do you renounce Satan?"

Coppola renuncia a todas as possibilidades de liberdade diante de uma lógica imperial criada aqui, por uma posição em que a família Corleone se torna transcendente do aspecto moral de se criar um modelo social político. Desde a rebelião entre as famílias até o foco mais pessoal em Michael e seus relacionamentos, Coppola não perde a essência desse universo mafioso, dessa característica material, por exemplo, no casamento, onde todos estão celebrando, e Don Corleone está apenas fazendo negócios. No entanto, é de suma importância a importância desses dois lados característicos de Don Corleone - o que renuncia totalmente seus atos diante a família, e o que promove um parlamento ditadorial, onde sem a "honra" máxima, você é morto - ou esquecido.

Interessante o modo como é reflexionado o posicionamento sobre a abstinência americana, que se auto diz ser libertadora e sagaz; até em um momento do filme quando um dos "patriotas", diz 'não somos comunistas' - posicionando justamente essa exaltação pela "honra moral" - pela falsa honra. Esse filme é tão bom em sua falsa complexidade, que se dá por causa de uma manifestação adiante do crime. O que, na teoria, se demandaria por apenas se estruturar pelo crime, mas não. O filme, em seus maiores momentos, apenas utiliza o crime, de forma que aquilo seja algo ruim - algo de se estabelecer ódio moral. Personifica bem esse lado característico psicopata de Michael. Até porque, pensando em uma abordagem mais significativa e unânime, o filme apenas utiliza a "quase morte", de Vito Corleone para aprofundar a história e teorizar completamente a maneira de se enxergar o filme.

Quando Michael acompanha o batismo de seu filho, na igreja católica, ali ele está renunciando não apenas, claro, o futuro (no sentido religioso) de seu filho, mas também, o seu caráter e posicionamento diante de toda a lógica e formalidade que terá que possuir com sua família e seus operários. Contudo, a maneira como o filme lida com seus próprios campos imaginativos, é de se admirar - pois, além de criticar os meios, os utiliza para tal ação, ainda não objetifica a maneira como se é visto. Então, desde o pedido de vingança, ao casamento, a traição, a morte, ao restabelecimento, até a renúncia, Coppola consegue de maneira verdadeira mudar a forma de se visualizar o resultado das ações do ser humano.

- "Como você é ingênuo.

- Por quê?

Senadores e presidentes não matam pessoas.

Quem está sendo ingênuo, Kay?"

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