Vi agora que a Emma Seligman cita John Waters em algumas entrevistas como inspiração. Engraçado que, sem saber disso, eu passei a sessão toda pensando que se isso aqui tivesse 1% de inspiração dos filmes do John Waters poderia ser mil vezes mais vivo, porque o resultado é um total xarope estética Netflix/Prime, vivendo de sacadinhas de roteiro e uma autoconsciência pós-irônica. O que nos prova que gostar de um diretor e saber segui-lo são mundos muito distantes. Selligman dá…
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Indiana Jones and the Dial of Destiny 2023
Sem alma, perdido no vazio de CGI e um mundo tão mal iluminado. Para uma despedida, falta afeto e espaço dramático ao Indiana, que só surge nos cinco minutos finais. Fico pensando se o filme entrasse mais cedo no absurdo da viagem no tempo talvez poderia gerar situações mais criativas do que o tempo gasto em uma emulação genérica de perseguição urbana de carro de 007 ou MI, fora que cederia mais espaço para trabalhar a dramaticidade do protagonista pela…
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Mars One 2022
Talvez o gênero mais brasileiro de todos seja o melodrama mesmo, porque a nossa vida é sempre esta grande catástrofe intensa e que, no fundo, existe como uma forma hiperbólica de demonstrar que apanhamos muito, mas jamais desistimos de sonhar. No fim do dia, juntamos os ossos quebrados, nos reerguemos e nos adaptamos ao nosso jeitinho. De fato, essa é uma característica brasileira atemporal, mas Marte Um faz questão de se localizar em uma temporalidade muito específica. Não é preciso…
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Isle of Flowers 1989
É genial como o Furtado trabalha os primeiros 11 minutos de filme a partir de uma gag meio cômica que vai seguindo uma lógica extremamente racionalista ao destrinchar a complexidade das relações capitalistas para, justamente, quebrá-la com uma porrada no minuto final. Furtado mostra que não há como explicar de maneira plausível aquele tipo de miséria, evidenciando a enorme contradição de todo o sistema global.