Para comentar o que eu amo.
Um professor de História cinéfilo desde criança.
Foi a primeira vez que assisti, esperando ser um bom filme, pelo sucesso estrondoso que foi na época de lançamento. Porém, total decepção.
O filme é genérico e ruim em tudo o que propõe. Fotografia péssima (considerando o acesso aos cenários que teve), trilha sonora medíocre, jogo de câmera dos anos 90; e as atuações?! Primeira vez que vejo Tom Hanks trabalhar mal.
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Roteiro extremamente infantil e previsível, culminando em um final confuso que não resultava em cálculos racionais,…
Como obra cinematográfica não acrescenta muito. Mas gosto como, com poucos recursos, trabalha bem o que seria um épico histórico; para isso soube explorar bem os poucos cenários artificiais e os cenários naturais, dando a impressão que é uma história que se passa no séc. I. Também gosto como a câmera usa os recursos da claridade natural para apontar o Sol da Justiça, que é Cristo.
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Como roteiro, acho que, nas falas e atitudes de Jesus, ele confunde o…
Como historiador, sou adicto em buscar a origem das ações humanas. No cinema, eu faço o mesmo. Assistir Juventude Transviada é descobrir a origem (ou talvez o gatilho) de uma espécie de gênero do cinema: o existencialismo juvenil.
Juventude Transviada é um drama existencialista e psicanalítico dos dilemas da adolescência daquela geração - que se extende muito bem aos dias de hoje. O título original "Rebelde sem causa" é uma provocação: Por que esses jovens são assim? Qual o motivo…
Outro filme legal do Hitchcock. Gosto bastante das montagens e fotografias que comparam a injustiça e angústia do padre Logan com a própria figura do Cristo injustiçado e da via crucis. Esse discurso de memória cristã potencializa muito o sofrimento do personagem. O sentimento ganha muita intensidade apenas pela associação com o Cristo.
Esses são os pontos altos do filme. Essas experimentações que o mestre Hitch cria em todos seus filmes e acabam entrando para o percurso de todos os futuros diretores.