Brazilians negotiating through the apocalypse. Tight conceptually, well imagined. Its lo fi no future imbued with life. The interations set in a way that both suggests the warm of relationships and fragility of the large world around it.
Voltei!
2021 Directed by Ary Rosa, Glenda Nicácio
Cast
Directors
Producers
Writer
Editors
Cinematography
Art Direction
Sound
Popular reviews
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Tem uma coisa muito viva no cinema de Glenda Nicácio e Ary Rosa. Um mojo que mistura a alegria em fazer cinema com espontaneidade e posicionamento. Isso está todos os filmes da dupla, ressalta seus pontos fortes e ameniza suas fragilidades. "Voltei!" é mais um filme cheio de afeto e de uma baianidade natural que amacia seu forte discurso político. Algumas vezes, as ideias não parecem chegar a uma forma final, mas movimento de criar é muito claro e empolgante. Como no longa anterior, "Até o Fim", de onde se empresta as ótimas Wall Diaz e Arlete Dias, o novo filme também é sobre uma noite em que três irmãs se reúnem, mas o contexto agora é o ocaso de…
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Não dá para entender as escolhas que Ary Rosa e Glenda Nicácio tomaram para suas carreiras. Ainda me falta ver Ilha, mas Café com Canela, ainda que com seus problemas, é um filme que se desloca e explora o espaço incansavelmente, cada plano é uma surpresa de que decupagem eles irão escolher, de uma energia na câmera impressionante. Estimulante. Por que esses dois filmes em sequência (Até o Fim e Voltei!) presos a um único ambiente? Por que essa limitação? O cinema deles não é por esse caminho. Até o Fim tem lá suas tentativas de tentar transformar o que seria engessado em algo dinâmico, mas em Voltei! nem isso. Rosa e Nicácio estão querendo fazer filmes de diálogos (definitivamente…
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After tons of self-importance, coaching in every level, and rhetoric shields of all sorts, it is great to see that Brazilian cinema can still deliver a film like this. A musical comedy populated with cinematic gags, great amounts of WTF energy and no regard whatsoever for what kind of cinema that is expected by the festival circuit today.
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De certo modo, a franqueza nada sutil no cinema de Glenda e Ary me impressiona de forma especial porque esse traço se transforma numa personalidade tão forte que a afeição se torna inevitável. É se afastando da naturalidade enquanto, contraditoriamente, veste-se dela, que seus filmes se tornam algo entre cinema, teatro, performance e manifesto pessoal. Aqui não é diferente.
A antipatia de Alayr e o histrionismo de Fátima, ambos traços reciclados do filme anterior, é de um primor cômico que só parece caber nessa realidade. Voltei! me parece o cinema de Glenda e Ary feito na brincadeira, a essência de um jeito inventivo que encara o cinema não como o aporte da realidade, mas como intervenção sobre ela, sempre calcado na conversa e na intensidade de suas intérpretes como um caminho para chacoalhar a plateia de forma exclusiva.
Crítica completa: www.arthurgadelha.com/post/voltei-o-brasil-machuca-viu-mostra-tiradentes
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Muda-se o assunto, entra outro, vem um choro, a risada, o descontentamento , as informações chegam e fogem. A fala arrojada atravessa e desequilibra o ar. O sotaque puxado, a fala que caça na memória e a imitação de outro que tira o riso. Uma conversa que opera pelo regime do diálogo e da nossa escuta. Do diálogo que está sendo visto, ouvido e atravessado, e do diálogo que espera e prolonga sem fim. Faz pelo arco da distância de tempos, campos de trabalho e de sentimentos. Uma conversa que nos faz sentar e ouvir o que surge da reação dialógica familiar e se liga pela direção plena e calma.
Leia mais aqui www.planoaberto.com.br/critica/voltei/?fbclid=IwAR3mgwh0kTJJEbyv85vbQStGkrc-rIHOlzDxZKMfIv5btscm8z0N_GnCvZk
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Ary e Glenda já passaram da fase de assumir riscos com o cinema peculiar que eles fazem, ou antes, esses riscos estão sendo assumidos desde o longa-metragem deles. Daí que Voltei! extrapola essa noção porque elabora tantos elementos narrativos em tão pouco tempo de tela, entre a fabulação e o comentário da realidade, entre o passado e o presente do registro, entre a mistura de gêneros que são tramados aqui, que o filme convoca para si um outro lugar de encenação. Já não se trata mais de coragem ou de risco, mas sim de postura diante daquilo que pode o cinema – e ele pode muito.
É assistir a esse filme e a gente fica com sede de impeachment e vontade de morder um violão. Como pode?
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Filme 100% trabalhado no zeitgeist.
O formato teatral do filme não faz o meu tipo. As atuações são lindas. É um filme com muito coração é é inevitável nos apegarmos. É sempre refrescante e rejuvenescedor ver no cinema corpos negros ocuparem toda a cena naturalmente. O que esse filme expressa sobre nossa imaginação política de hoje é que é assustador e amargo.
A atmosfera do filme é a da espera. Espera que acontece num ambiente sem luz elétrica por causa do caos do governo que se espera que seja derrubado por uma das instituições que foi aos poucos dominando ao longo da década, o STF. A espera-nça vem de que "quando a porta da traição se abre na história..." muitos… -
Sobre memórias e sobre o ato de contá-las. O poder da tradição oral enquanto força libertadora, enquanto meio para combater as opressões brasileiras. Glenda e Ary passeiam entre o já frequente naturalismo de sua filmografia com uma verborragia exagerada, que grita por socorro a partir das contações de histórias dos personagens. Vão de uma decupagem fria, morta, para uma energética e viva, que ressuscita pela maior tradição brasileira: o conversar na mesa. Contar, cantar e lembrar.
Crítica no Cineplot cineplot.com.br/voltei-2021-de-ary-rosa-e-glenda-nicacio/